Como a COVID-19 Alterou a Forma como Fazemos Compras e Aceleramos a Automação no Setor de Varejo
Todos sofremos as consequências sociais e financeiras da COVID-19. Para se manterem seguros, os consumidores aumentaram as compras online e reduziram as interações nas lojas. Os varejistas, especialmente ao nível de negócios essenciais que permaneceram abertos ao longo da pandemia, tiveram de encontrar formas de dar resposta ao aumento da demanda dos consumidores, ao mesmo tempo que implementavam novas medidas de segurança para seus clientes e funcionários.
As compras não só continuaram durante a pandemia, como também cresceram amplamente durante um curtíssimo período de tempo, à medida que os consumidores se abasteceram de artigos básicos e, mais tarde, complementavam os gastos em negócios como bares e restaurantes em casa. Enquanto as diretrizes de distanciamento social persistem, as empresas que são capazes de apoiar métodos de compra que mantêm os consumidores fora das lojas capturam uma porção significativamente maior desses gastos. Esses métodos de compra online incluem BOPIS (Comprar Online, Recolher na Loja), Entrega na Via Pública ou envio direto para o consumidor. As empresas que adotaram estes modelos de entrega de serviços colheram os benefícios, enquanto as que não o fizeram sofreram financeiramente, com muitos negócios a encerrarem sua atividade.
Da perspectiva de um varejista, a COVID-19 acelerou os investimentos em automação para o aumento da eficiência operacional e redução dos custos de mão de obra. Antes da COVID-19, algumas organizações progressistas investigavam tecnologias inovadoras (tais como seleção robótica e gestão de inventário automatizada), com planos de implementação entre 3 e 5 anos. Contudo, devido aos riscos que a COVID-19 representa para a saúde dos funcionários de lojas de varejo, o período para a implementação da automação reduziu drasticamente. Os picos de procura (compras nas épocas festivas), que eram tipicamente resolvidos atirando pessoas ao problema, tornaram-se agora extremamente difíceis de superar, durante uma pandemia que faz com que as pessoas tenham medo de ir para o trabalho.
Na Cognex, vimos esta situação se desenrolando em tempo real, com os nossos clientes de operações de logística confiando nas nossas tecnologias de automação industrial para acompanharem o ritmo. Visto que grande parte da resposta à COVID-19 preparou o caminho para inovações que irão reverberar ao longo dos próximos anos, vale a pena olhar para trás e ver de que forma a pandemia mudou o varejo e como as tecnologias da Cognex possibilitaram a transformação.
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Vejamos como os varejistas evoluiram para enfrentar a pandemia.
A Transformação das Lojas de Varejo
À medida que a automação se torna mais central para o comércio de varejo convencional, as lojas estão se transformando em centros de distribuição (DC). As ferramentas de próxima geração, como o deep learning e a robótica, estão ajudando a automatizar atividades complexas, como remover pacotes de caixas de papelão e colocá-los nas prateleiras. O setor das mercearias, que normalmente apresenta margens reduzidas, está testando estratégias de processamento automatizadas. Aqui estão alguns exemplos:
Duas grandes redes de mercearias estão testando pequenos "centros de micro processamento" automatizados, integrados nas suas próprias lojas, que se dedicam ao processamento de entregas e retiradas. Em duas das suas mercearias, a Albertsons utiliza robôs para preparar as encomendas dos clientes, afirmando que isto acelera o processo de seleção.[1]
Outro exemplo é a utilização de sistemas automatizados de armazenamento e retirada (ASRS) compactos e baseados em robôs, que suportam a seleção do tipo artigos-a-pessoa ou artigos-a-robô. Esta tecnologia está sendo utilizada pela H.E.B, uma grande rede de mercearias com mais de 400 lojas no Texas, para apoiar a implementação das suas instalações de micro processamento.[2]
A utilização de robôtica e deep learning proporciona benefícios consideráveis ao nível dos em custos e rapidez comparativamente à seleção manual de itens das prateleiras da loja, especialmente agora que a pandemia da COVID-19 gerou aumentos da procura em compras online, sendo que os varejistas do setor da mercearia querem manter os seus funcionários protegidos ao mesmo tempo que dão resposta às necessidades de processamento rápido dos clientes.
Tecnologias da Cognex Possibilitam Comércio de Varejo Após a COVID-19
Em ambientes de varejo cada vez mais automatizados, cada produto necessita de um identificador único que deve ser rastreado com precisão desde a plataforma de envio do fabricante até à porta do cliente. Os sensores, leitores de código de barras e câmeras de sistemas de visão avançados como os desenvolvidos pela Cognex tornam tudo isso possível.
A Cognex ajuda os varejistas a se reinventarem em quatro categorias de tecnologia cruciais:
Leitura de código de barras. Os códigos de barras e outros identificadores de produtos únicos são os pilares da logística de varejo. Um dispositivo de leitura captura os dados de um código de barras de forma rápida e precisa e os envia para um sistema de distribuição automatizado que efetua o seu rastreio em cada passo da viagem.
As instalações de logística devem evoluir para dar resposta ao aumento da demanda. Uma das formas de conseguir isso é aumentando o rendimento (taxas de leitura). Os sistemas de leitura de código de barras devem ser capazes de ler os códigos com precisão, independentemente do seu estado ou da sua localização no pacote ou no item. Utilizando os algoritmos 1D e 2D patenteados da Cognex, presentes nas tecnologias de leitura de código de barras Hotbars e PowerGrid, os leitores de código de barras por imagem DataMan da Cognex proporcionam o melhor desempenho de leitura de código de barras e monitoramento em tempo real para analisar a causa de falhas de leitura para futura otimização.
Sistemas de visão. Câmeras digitais especificamente construídas para a captura em automação industrial de imagens 2D e 3D que ajudam a garantir que os itens e pacotes são triados para os sistemas de manuseio de materiais corretos e processados com precisão Os túneis de digitalização avançados combinam diversos sistemas de visão e leitores de código de barras para visualizar todos os lados de um pacote, permitindo inspeções em tempo real e possibilitando que pacotes danificados sejam encaminhados para a área adequada para reparação ou substituição.
Contamos com mais de uma década de experiência no desenvolvimento e fornecimento de soluções de visão complexas para centros de distribuição no setor de varejo. Estas soluções utilizam a detecção de presença/ausência para ajudar a aumentar a eficiência de tabuleiros de triagem e capturar dados dimensionais que podem ser utilizados para uma variedade de aplicações em instalações de distribuição, tais como a verificação de manifestos de entrada de artigos, decidir se um item é uma caixa ou saco (manuseio adequado) e estimar os custos de envio e as soluções de embalagem ideais.
Deep learning. Leitores de código de barras e câmeras de sistemas de visão fornecem imensas quantidades de dados digitais que um sistema de visão com deep learning pode analisar para automatizar processos que possuem um alto grau de variabilidade.
Dada a forma como a COVID-19 mudou a maneira como os consumidores compram, as instalações de distribuição no varejo e de e-commerce estão avaliando mais rapidamente o uso do deep learning para identificar objetos de forma positiva sem ter que ler um código de barras. Esse recurso tem valor em aplicações de gerenciamento de inventário automatizado.
Isso elimina a dependência de humanos para realizar esse trabalho e permite que a instalação execute esses processos continuamente ao longo do dia para garantir que os números de estoque online sejam atualizados quase em tempo real.
Muitos varejistas agora estão testando robôs de inventário automatizados que usam uma combinação de deep learning, leitura de código de barras e tecnologia de OCR para fazer o gerenciamento de inventário.
Robótica. A fase de processamento de um CD normalmente requer que as pessoas selecionem os produtos e os coloquem em caixas para envio aos compradores. Essa tarefa tem tantas variáveis em formas, tamanhos e peso que é extremamente difícil de automatizar.
Embora hoje os robôs movam os produtos através de um centro de distribuição, ainda é necessário que um humano pegue os itens da prateleira e empacote em uma caixa ou retire os itens de uma sacola e reabasteça o estoque antes que os pedidos do dia seguinte sejam atendidos. A fronteira final é automatizar todo o processo de processamento: treinamento de algoritmos de aprendizagem para superar os olhos humanos e garras robóticas para desempenhar tão bem quanto as mãos e os dedos. Os sistemas de visão e o software de deep learning da Cognex serão essenciais para mover a robótica para essa fase.
Aprendendo as lições da COVID-19 no varejo
Os consumidores se adaptaram rapidamente à entrega online e coleta na calçada em resposta à pandemia de COVID-19. Os varejistas e suas equipes de logística mergulharam em novos processos e políticas ao mesmo tempo.
O traço comum a todos é que a emergência de saúde pública revelou melhores formas de fazer negócios e agradar os clientes. É razoável sugerir que os novos hábitos aprendidos em 2020 persistirão por muitos anos.
À medida que consumidores e varejistas se adaptam às inovações em automação e robótica, as tecnologias Cognex estarão presentes o tempo todo.
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[1] Grocery stores turn to robots during the coronavirus, April 7, 2020, www.cnn.com
[2] H.E.B Goes Micro With Auto Store Rollout, September 15, 2020. Mercearia WinSight
